Ensino Híbrido no pós pandemia: Como ressignificar os recursos digitais no retorno das aulas presenciais.
O Hibridismo tem sido um assunto muito comentado nos últimos tempos no mundo da educação.
Embora seja uma temática já discutida e referenciada, antes mesmo da gente sequer imaginar em pandemia, a experiência das aulas remotas afloraram mais ainda essa possibilidade de trabalhar essa abordagem no ensino, especialmente nos estudos quanto ao retorno das atividades presenciais.
Ao contrário do ensino remoto, que tem como premissa utilizar os recursos tecnológicos para garantir o serviço da Educação, a proposta do Ensino Híbrido é de uma educação que mescla as atividades presenciais com experiências digitais, valorizando conteúdos, plataformas, interações e aprendizados não só no ambiente físico, mas também no virtual.
O que observo é que os educadores, a nível de gestão e professores, tiveram a oportunidade de ampliar ainda mais suas visões e o abrir ainda mais o leque de opções para se fazer educação utilizando ainda mais os recursos digitais.
Cursos online vídeo aulas, pdfs, infográficos, podcasts, aplicativos de mensagens, reuniões virtuais, imagens interativas dentre inúmeros outros, são recursos e mídias que os educadores e estudantes passaram a utilizar e se apropriar ainda mais, devido o contexto de aulas remotas.
Ainda que pra muitos, do dia pra noite, mas a tecnologia passou a ter um novo sentido.
Sim, existem estatísticas assustadoras, como a realizada pela Nova Escola que aponta, que apenas 32% dos professores avaliam de forma positiva a experiência do ensino remoto por motivos diversos: adaptação do formato, o baixo retorno dos alunos, a falta de formação e o aumento de cobranças etc.
E também a TIC Educação 2019 do CETIC, que atesta que No Brasil apenas 28% das escolas localizadas em áreas urbanas contavam com um ambiente ou plataforma de aprendizagem a distância, antes da pandemia.
Por outro lado, a reinvenção aconteceu, plataformas foram criadas, formatos foram transformados, a formação tecnológica veio à tona. Tem como não dizer que o ensino híbrido não é uma realidade?
A tendência é que quando o ensino voltar a sua normalidade, a tecnologia continuará tendo esse novo significado na educação (não tenho dúvidas disso) e assim, a prática do ensino híbrido terá muito mais chance de ser mais uma realidade no ambiente escolar.
Quanto à implementação dessa abordagem no ambiente escolar como um todo, certamente é necessário que a cultura digital esteja realmente plantada na gestão, e entre os professores e alunos.
E sim, isso teve um avanço significativo por motivo das aulas remotas: educadores que nunca haviam produzido uma vídeo aula passaram a conhecer mais sobre a produção audiovisual, estudantes que sequer sonhavam que iriam um dia aprender por um aplicativo de mensagens, ou em uma aula ao vivo no computador ou televisão, passaram a se inculturar nessa realidade.
É claro, que se olharmos mais a fundo, não é tão simples nem fácil assim, considerando os problemas de conexão, ausência de dispositivos dos estudantes e até dos professores, das características regionais e locais da comunidade escolar, principalmente quando falamos em zonas periféricas e rurais.
A grande sacada desse tipo de ensino é aproveitar todos esses recursos e ferramentas explorados durante as aulas remotas, adaptá-los à realidade, e explorá-los também nas aulas presenciais.
Agora, trago algumas possibilidades para direcionar você educador, na prática desse tipo de ensino.
- Estimular atividades em que os alunos tenham que produzir no digital: criar e alimentar um site ou blog, administrar um projeto em uma rede social, apresentar algo usando recursos audiovisuais;
- Priorizar plataformas online para compartilhamento de conteúdos, prazos, reuniões, entrega e recebimento de trabalhos e tarefas;
- Valorizar a inversão da sala de aula disponibilizando conteúdos no ambiente virtual antes do encontro presencial, para aproveitar mais ainda o tempo juntos com discussões e mão na massa;
- Promover a utilização de recursos tecnológicos em sala de aula para projetos em equipe, desafios virtuais, pesquisas orientadas e avaliações.
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