Ensino Híbrido, Personalizado e Colaborativo: 3 termos, 1 significado e várias possibilidades.

Ensino Híbrido, Personalizado e  Colaborativo: 3 termos, 1 significado e várias possibilidades.

Hibridizar a sala de aula usando recursos digitais e estratégias de personalização e colaboração, tem sido um estudo intenso por aqui.

Um termo que parecia tão distante das salas de aula de minha realidade, na verdade é algo que se observarmos bem, de um jeito ou de outro já está presente em nossa rotina educativa.

O que penso é que, na verdade a Pandemia e o distanciamento social da escola, alunos e professores só trouxe à tona tais termos para se usar como uma estratégia intencional e documentada, e que, na verdade a escola já é uma verdadeiro hibridismo pelas suas características e por estarmos falando de pessoas.

Imagine o ambiente escolar, começando com os diversos funcionários que uma escola tem: zeladores, inspetores, auxiliares administrativos, equipe pedagógica, professores, estagiários, bibliotecários, etc. Cada uma dessas pessoas tem suas histórias de vida, seus sonhos, seus objetivos, sua rotina e todos de sua forma e com sua função, colaboram para o processo educativo.

Agora vamos para a sala de aula, onde têm os aprendizes. Cada um também com sua história de vida (por mais novos ou crianças que sejam), seus gostos, suas formas de ver o mundo, saborear as experiências, suas alegrias e aflições.

Com essas caraterísticas, ainda é possível acreditar que o ensino deve ser apenas de um jeito? e o aprender também?

Hibridizar é o mesmo que misturar, mesclar e considerar a diversidade de conteúdos, perfis de alunos ,ambientes, situações, tudo e todos no ato de ensinar e aprender, assim como são as pessoas e o mundo: diverso, híbrido.

“Podemos ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços… tudo pode ser misturado, combinado, e podemos com os mesmos ingredientes, preparar diversos “pratos”, com sabores muito diferentes.” Moran, José (2015)

Ou seja, hibridizar vai muito mais mais além do que misturar recursos presenciais com os digitais. Mas sim aproveitar todas as possibilidades e oportunizar os alunos a sentir e escolher o que é melhor pra si.

Por outro lado, percebo cada vez mais percebo que a solução não é simplesmente mesclar o ambiente, o espaço, o tempo, o método, os recursos, mas inserir o humanizar em tudo isso. E com o auxílio da tecnologia, é claro. Neste texto escrevi sobre a as possibilidades para o uso das ferramentas digitais para hibridizar a aprendizagem.

Sendo assim, surge o desafio da personalização e da colaboração na sala de aula. Já que estamos falando de uma educação que atenda a todos com significado, mas sem desconsiderar o coletivo, o que é imensamente importante.

Chega até parecer contraditório, mas não é. Um complementa o outro.

COMO FAZER ISSO?

Afinal, como fazer para hibridizar o ensino, usando recursos para personalizar e ao mesmo tempo, estimular a colaboração entre os alunos?

  • Criando atividades colaborativas em um ambiente onde os alunos registrem o que aprenderam, ou coloquem suas dúvidas, ou suas opiniões sobre algum conhecimento. Atividades como essa, ao mesmo tempo que cada participante registre algo do “seu eu” (personalizado) todos contribuem uns com os outros, tornando- se uma atividade de colaboração. Um mural colaborativo no quadro branco, na parede , ou em uma ferramenta virtual são ótimos para essa ação. Aplicativos Web como Nearpod, Jamboard, Padlet e Google Docs são perfeitos pra esse tipo de atividade.
  • Utilizando mais de um formato de conteúdo para que os alunos experimentem as diversas possibilidades. Você pode criar dois ou três roteiros de aprendizagem e, ao coletar o desempenho dos alunos, você pode identificar qual o melhor formato para aquela turma ou até para cada perfil de aluno. De Repente, uns alunos foram bem nas atividades baseadas em vídeos, outros na leitura, outros na produção de algo. Colete esses dados ,observe, avalie e até converse com os alunos sobre o assunto. O mais importante é que todos aprendam, mas quando se sabe claramente a melhor maneira pra isso, o caminho pode ser mais direcionado e o tempo bem melhor utilizado.
  • Criar várias estações de aprendizagem, onde os alunos individualmente ou em grupo passem por todas as estações e realizem as ações planejadas pelo professor. São tipos de estações:

ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES: Assim como existem as estações do ano, suas características e os períodos em que ocorrem, no modelo de ensino híbrido, definir estações diferentes para se ensinar e aprender é uma boa pedida.Divida os alunos em grupos, onde cada grupo tenha que fazer atividades próprias da estação.Uma estação pode ser de leitura, outra de um trabalho colaborativo, outra de atividades online, outra de consulta ao professor etc.Defina um tempo para que os grupos de estudantes fiquem em cada estação e troquem até que todos os grupos passem por todas as estações.

LABORATÓRIO ROTACIONAL: Fazer um rodízio dos ambientes utilizados para aprendizagem também é uma possibilidade de ensino híbrido. Enquanto uma parte dos estudantes estão em um ambiente (sala de aula por exemplo) explorando atividades, conteúdos, outra parte segue para o laboratório (informática, ciências etc.) para explorar  outras atividades,mediadas por tecnologia. Estabeleça o tempo para que todos tenham ambas as experiências.

SALA DE AULA INVERTIDA: Inverter a Sala de Aula é dar oportunidade ao estudante consumir o conteúdo da disciplina no ambiente online antes da aula presencial acontecer.O encontro presencial passa a ser um ambiente para discussão, resolução de problemas e outras atividades além do conteúdo propriamente dito.O conteúdo nessa proposta, passa a ser consumido no tempo e ritmo do estudante, já que é disponibilizado no ambiente virtual previamente. Possibilitando assim, a personalização da aprendizagem.

ROTAÇÃO INDIVIDUAL:

O rotação individual valoriza o perfil de aprendizagem de cada estudante baseado nas dificuldades ou facilidades de cada um.É uma playlist de conteúdos e grupos de atividades criadas a a partir das necessidades do estudante.Diferente das outras rotações, na individual, o aprendiz não precisa passar por outras trilhas, apenas na de seu perfil. Nessa proposta, o estudante segue sua trilha personalizada no seu tempo e ritmo e até chegar nos objetivos de aprendizagem definidos no planejamento.

Esses livros acima são minhas obras referências sobre essas temáticas. Grande parte das inspirações para a escrita desse texto, vieram a partir da leitura dos livros. Inclusive, indico fortemente as leituras.

Esse conteúdo faz sentido pra você? Você consegue se inspirar e aplicar na sua sala de aula? Como tem sido seus estudos sobre esse tema? Compartilhe aqui nos comentários abaixo.

This error message is only visible to WordPress admins

Error: No connected account.

Please go to the Instagram Feed settings page to connect an account.

Sobre mim ;) | Website

Sou Gabriela, uma professora apaixonada por tudo que pode ser útil e inovador para o ensino e aprendizagem.Em 2017 criei o blog para compartilhar minhas experiências e hoje por meio dele ajudo outros professores a transformar suas aulas em experiências muito mais engajadoras ;)